VOCÊ SABIA QUE EXISTEM MAIS DE 300 ESPÉCIES DE ANIMAIS NO PARQUE IBIRAPUERA?
VOCÊ SABIA QUE OS EVENTOS MUSICAIS RECORRENTES REALIZADOS NO PARQUE AFETAM NÃO SOMENTE O SOSSEGO PÚBLICO, MAS A FAUNA E FLORA DO IBIRAPUERA?
VOCÊ SABIA QUE ANTES DA CONSTRUÇÃO DO AUDITÓRIO HAVIA RELATOS DE PÁSSAROS MORTOS NOS DIAS SEGUINTES AOS SHOWS?
São necessários estudos de impacto em razão dos frequentes eventos musicais sediados no parque!
Ainda, nos dias de festivais o acesso da população ao parque é restringido. Uma área que deveria ser pública se torna privada. As pessoas não podem utilizar algumas áreas do parque em razão de eventos pagos e com preços que muitas dessas sequer conseguem pagar.
O Parque possui um Conselho Gestor, que desde sua instituição vem tentando cuidar do nosso amado Ibirapuera, mas que vem sendo invisibilizado pela concessionária e pelo Poder Público, cuja prioridade vinha sendo a alteração do nome do parque, ignorando a votação do Conselho.
Essa questão foi o estopim para trazermos à luz um tema que está sendo negligenciado há muito tempo. Precisamos zelar pelo nosso parque, motivo pelo qual este movimento e as associações do enterno do Parque denunciaram ao Ministério Público do Estado de São Paulo as seguintes violações:
- Violação do princípio da prevenção do direito ambiental, tendo em vista as mais de 300 (trezentas) espécies de animais que habitam o parque, em razão da realização de eventos que extrapolam o nível tolerado de decibéis para a preservação da fauna. A apuração dessa situação é imperiosa ainda em razão da violação persistente e contumaz do sossego público;
- A ausência de um plano eficaz de compensação ambiental pelos danos causados ao meio ambiente, fauna e flora, fruto da realização de festas, eventos e shows. Tais danos ambientais estão efetivamente sendo contingenciados e remediados de forma adequada pela concessionária?
- Violação do princípio administrativo da modicidade das tarifas. A concessão do Ibirapuera apresenta preços bastante elevados ao consumidor final em todos os serviços e produtos disponíveis, revelando-se verdadeiramente desproporcional e excludente, e atribuindo os custos da operacionalização diretamente ao consumidor final, usuário do serviço público.
Em outras ocasiões, as associações do entorno do Parque já tentaram se movimentar pelas questões ambientais, mas não lograram êxito. Dessa forma, com o objetivo de proteger o nosso “Ibira”, resolvemos criar o movimento Juntos Pelo Parque.
Como nossa primeira ação, criamos o abaixo assinado para discutir o PL 0236/2023 que pretende alterar o nome do Parque Ibirapuera sem consulta à população e desrespeitando a votação unânime do Conselho Gestor do parque. Nosso abaixo- assinado, lançado no dia 08/05/2024, junto com a movimentação dos moradores e entidades da região fizeram com que esse Projeto de Lei fosse retirado de votação e que a câmara fizesse uma readequação no texto, dessa forma, conseguimos barrar a alteração do nome do Parque.
Com tantos problemas sérios a serem resolvidos no Ibirapuera, é inadmissível que a concessionária e o Poder Público priorizem dar andamento a demandas de caráter superficial frente às questões realmente importantes a serem discutidas.
FOLHA DE S. PAULO: "Projeto que dá nome de Rita Lee ao parque Ibirapuera muda, e ela deve batizar praça".
É crucial que a população seja ouvida, ainda mais quando falamos da alteração do nome de um Parque com mais de 70 anos, com um nome de origem indígena, que compõe com as demais ruas, avenidas e alamedas da região. Não bastasse isso, a alcunha “PARQUE DO IBIRAPUERA” está enraizada no imaginário cultural da sociedade brasileira, repercutindo, inclusive, internacionalmente e fazendo do parque um destino turístico não apenas para os brasileiros, mas para visitantes de diversos países do mundo.
É importante destacar que esse abaixo-assinado não tinha o objetivo de desmerecer a cantora Rita Lee, muito pelo contrário, uma vez que o próprio Conselho Gestor orientou que a homenagem fosse feita por meio da construção de uma estátua, da renomeação de uma praça ou rua, ou da renomeação do auditório ou do planetário, entre outras opções. Entretanto, o nome do parque deve ser preservado, como tem sido há 70 anos, e como cremos que a própria homenageada, por gostar tanto do local, julgaria adequado.
Nosso movimento continua e nosso atual objetivo são as questões ambientais que afetam diretamente a fauna e flora do local. Se você quiser apoiar as nossas ações, siga nossas rede sociais e entre em contato com a gente pelo whatsapp.